Cristóvão Colombo |
Em 1492, Cristóvão
Colombo descobriu e reivindicou a ilha, hoje ocupada por Cuba, para o
Reino de Espanha. Inicialmente batizou a ilha de Juana, uma homenagem a
um dos filhos do rei da Espanha. No entanto, o nome não vingou e o
local ficou conhecido pelo nome nativo. A condição insular de Cuba foi
esclarecida somente com explorações de Sebastián de Ocampo, que deu a
volta completa na ilha em 1509, verificando a existência de nativos
pacíficos e áreas para cultivar e aportar. A ocupação da ilha foi um dos
primeiros passos para a colonização do continente pela Espanha. A
partir de 1510 foram surgindo as primeiras vilas em Cuba. Durante a
colonização, a Espanha investiu em monoculturas de açúcar e tabaco,
utilizando o sistema de plantagem, que no início contava com mão-de-obra
escrava indígena. Cerca de trinta anos depois da chegada dos espanhóis,
a população indígena já havia se reduzido de 120 mil para algumas
centenas, devido à vários fatores, como doenças, maus tratos e
extermínio. Com a redução, a mão-de-obra começou a ficar excassa. Por
isso começou-se a substituir os nativos por escravos africanos,
semelhante ao que ocorreu em outras colônias espanholas e portuguesas na
América. Cuba permaneceu como um território da Espanha até a Guerra
Hispano-Americana, que terminou em 1898, sendo reconhecida como um país
independente pela maioria dos países no início do século XX.
Fulgênio Batista |
De 1934 a 1959,
Fulgêncio Batista foi o dirigente de fato de Cuba, ocupando a
presidência de 1940 a 1944 e de 1952 a 1959. A presidência de Batista
impôs enormes regulações à economia, o que trouxe grandes problemas para
a população, como desemprego e queda no nível de qualidade de vida.
Nessa época Cuba se transformou numa espécie de “ilha dos prazeres” dos
turistas americanos. Aproveitando o agradável clima tropical e a beleza
das paisagens naturais, foi construída toda uma infraestrutura voltada
para os visitantes estrangeiros.
Nesse cenário, misturavam-se corrupção governamental, jogatina de
cassinos, uso indiscriminado de drogas e incentivo à prostituição. À
época, Cuba era o país da América Latina com o maior consumo per capita
de carnes, vegetais, cereais, automóveis, telefones e rádios, apesar
disto estar concentrado nas mãos de uma pequena elite e de investidores
estrangeiros.
Reagindo a
essa situação de desigualdade, um grupo de guerrilheiros comandado por
Fidel Castro começou a lutar contra o governo cubano em 1956. Após dois
anos de combate, a guerrilha havia conquistado a simpatia popular. Em 1°
de janeiro de 1959, conseguiu derrubar o governo de Batista. Após a
tomada do poder, a revolução tomou rumos socialistas. Cresceram, então,
os conflitos entre o novo governo e os interesses norte-americanos.
Fidel Castro |
Em 1961, uma força
militar treinada e financiada pelo governo de John F. Kennedy, composta
por exilados cubanos, tenta invadir o país através da baía dos Porcos.
No ano seguinte, Cuba foi expulsa da Organização dos Estados Americanos
(OEA) graças à influência dos Estados Unidos, só sendo readmitida 47
anos depois. No mesmo ano, o governo norte-americano impôs um embargo
econômico que perdura até os dias de hoje. Os graves conflitos de
interesse entre Cuba e Estados Unidos acabaram forçando a aproximação do
governo cubano com a União Soviética.
John F. Kennedy |
Em
1962,Cuba permitiu a instalação, em seu território, de mísseis
nucleares soviéticos.19 Kennedy reagiu duramente à estratégia militar
soviética, considerando-a uma perigosa ameaça à segurança nacional
americana.19 Ocorreu então o episódio que ficaria conhecido como crise
dos mísseis cubanos. Numa verdadeira mobilização de guerra, os Estados
Unidos impuseram um poderoso bloqueio naval à ilha de Cuba, forçando os
soviéticos a desistirem dos planos de instalação dos mísseis no
continente americano.19 A crise dos mísseis é reconhecida como um dos
momentos mais dramáticos da Guerra Fria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário